quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Liechtenstein e Tirol



Como prometido, venho com uma história mais feliz. Esse fim de semana fui viajar com o pessoal do Turismo para a região do Tirol, nos Alpes austríacos, próximo às fronteiras entre Áustria, Suíça e Itália. Foi muito muito bom!

Foram 11 pessoas, sendo 9 meninas: eu, a irlandesa (as únicas pessoas do nosso curso – aliás o pessoal do Turismo é bem mais legal que o do nosso curso), a tailandesa (a que faz perguntas sem noção na aula, ela é MUITO engraçada), a americana, a coreana, a ucraniana, a alemã quietinha, a alemã barbie, a vietnamita (uma menina mais novinha do bacharelado que faz umas matérias com a gente e é muito nerdinha, mas super fofa), o alemão do cabelo comprido e o alemão com cara de espanhol. Obviamente sobrou pros dois meninos dirigirem, coitados. Estávamos numa van para 9 pessoas e mais um carro. O alemão com cara de espanhol ficou mais mal-humorado do que o normal porque ninguém queria ir no carro, exceto a coreana baixinha que não conseguia enxergar nada dentro da van, porque não tinha ar condicionado e a van era mais divertida. O alemão do cabelo comprido, por sua vez, ficava quieto, mas acho que teve que ter uma paciência do cão pra aguentar 8 mulheres conversando sobre depilação e ouvindo Whitney Houston no rádio hahaha. Bom, pegamos a Autobahn (a estrada sem limite de velocidade) várias vezes, mas, no trecho que fizemos, ela não tinha muitas faixas e não vi tanta loucura de velocidade. Eu não vi o velocímetro, mas acho que estávamos indo a uns 120-140, nada além do que fazemos na Bandeirantes. Os meninos eram bem responsáveis e falaram pra gente avisar caso achássemos que estava rápido demais, bem bonzinhos.

Bom, saímos de manhã cedo (8h) e decidimos que na ida íamos parar em Liechtenstein, que, por incrível que pareça, é um país. É um país minúsculo (o Google diz que tem 34 mil habitantes, ou seja, um país do tamanho de Santo Antônio de Posse) entre a Suíça e a Áustria, que ninguém conhecia. Ficamos cerca de uma hora e meia por lá dando uma andada no centrinho da cidade. Comprei um chaveiro numa loja de souvenir, tirei umas fotos. O país fica numa espécie de vale entre várias montanhas, então, apesar de na cidade não ter nada, a paisagem é bem bonita. Interessante é que é rodeado por montanhas que são Liechtenstein, montanhas que são Suíça e montanhas que são Áustria, é meio bizarro. O chão do centro tem vários selos gigantes estampados, porque aparentemente as pessoas adoram passar por lá e mandar cartões postais com o selo do país, porque ele é considerado meio exótico, ninguém fala muito do coitado, mesmo porque ele tem um nomezinho bem difícil. 



Depois fomos para a Áustria. Nós ficamos numa pensãozinha de uma mulher muito boazinha, numa vila chamada Kappl.  Nós estávamos em tanta gente que enchemos a pensão principal e quatro pessoas tiveram que ficar na pensão do lado, que também era dela (fato importante para o que eu vou contar depois). Eu fiquei no quarto com a irlandesa na pensão do lado. Tinha café da manhã, os quartos eram fofos e a vista de qualquer um deles era para os liiindos Alpes. 




Bom, quando chegamos já era tarde (umas 4h da tarde), então só fomos a pé até o centrinho da vila. Jantamos numa pizzaria e paramos um pouquinho pra ver uma banda daquelas de músicas populares tocar. Tinha várias pessoas lá e 90% delas eram velhinhos, muito fofo. Voltamos pro hotel, ficamos um pouco conversando no quarto triplo, que tinha sala e varanda, e fomos dormir. A alemã quietinha e a alemã barbie, que são mais antissociais (mais que eu, pra se ter uma ideia) devem ter se arrependido à morte de ter pegado aquele quarto, porque era o único lugar que cabia todo mundo, e quem estivesse lá só podia dormir quando todos fossem. A ucraniana também estava, mas ela estava sempre acordada. Aliás, quando eu criei o apelido “alemã barbie” era porque eu não ia com a cara dela, mas depois da viagem vi que ela é super legal também... Mas agora é tarde pra mudar o apelido, hehe. Até adicionei no Facebook hauahauahua (momento “Confissões de Adolescente”).

No dia seguinte fomos até uma das montanhas porque a maioria do pessoal queria fazer trilha e escalada. Vocês podem imaginar como eu estava animada para escalar os Alpes né? Mesmo porque eu nem tenho tênis. Bom, eu subi um pouquinho o começo da trilha pra tirar umas fotos e falei que eu ia voltar logo, nem que fosse sozinha, mas pelas graças do Senhor, a tailandesa também começou a reclamar e nós resolvemos descer as duas e ficar tomando sol no lago enquanto eles iam. Foi ótimo, porque estava um dia lindo, eu pude ficar de biquíni sem homem pra ver minhas banhas e o lago era maravilhoso! Sem contar que a tailandesa é uma ótima companhia, ficamos ouvindo as músicas dela à la “Call me Maybe”, falando de animais de estimação, ela me contou umas coisas da Tailândia e etc. 





Depois de umas duas horas, a vietnamita voltou. Ela abandonou a subida, apesar de ter dito que na trilha não tinha escalada tão forte. Fomos as três comer alguma coisa no quiosque do lago, voltamos para o lago um pouquinho e depois fomos caminhar e tirar fotos. Encontramos uma espécie de esqui-bunda com bóia chamado “Sun Kid” ou algo assim. “Criança do Sol”, ou seja, obviamente para crianças. Mas nós perguntamos se podíamos ir e podíamos! E custava só dois euros por 15 minutos! Óbvio que fomos e foi muito engraçado. A vietnamita era pequenininha e a bóia dela parava antes de chegar no final, mas eu e a tailandesa descíamos na maior velocidade (gorduchas), muito engraçado. A tailandesa escandalosa descia gritando. Na segunda descida, ela foi antes pra tirar uma foto minha descendo, mas a minha bóia desceu com tanta velocidade que eu atropelei ela uauhauahauhaau, nos matamos de rir! Daí, descemos no cable car e ficamos esperando uns 15 minutos o pessoal numa ponte lá embaixo. Já era final da tarde e voltamos para o hotel. 



De noite, ficamos no quarto triplo jogando um drinking game bizarro, me matei de rir, principalmente com a tailandesa. Agora a história que falei quando contei que alguns quartos ficavam na outra casa. Quando ficou tarde algumas pessoas começaram a ir embora dormir, inclusive a irlandesa, então eu dei a nossa chave pra ela e combinamos de ela deixar a porta do quarto aberta pra mim. Beleza. Daí, depois de uma hora mais ou menos, eu também queria dormir e tava morrendo de vontade de ir ao banheiro, então dei tchau e saí. Quando cheguei na nossa pensão, a porta principal, que está sempre aberta, estava fechada (acho que eles fecham depois da meia-noite), e a chave estava com a irlandesa. Tentei gritar pra ela, mas as portas são todas pesadonas de madeira, nada. Quis voltar pro quarto triplo, mas a porta da outra casa também estava fechada e eu não tinha a chave, porque não estou hospedada lá. Tentei gritar na sacada, que dá pra varanda do quarto triplo no andar de baixo, mas todos estavam dentro do apartamento e não ouviram. Ou seja, eu estava trancada pra fora, à uma da manhã, morrendo de vontade de fazer xixi. Eu já estava me visualizando agachada no matinho, quando vi... UMA VASSOURA! Ok, muita calma nessa hora, peguei a vassoura, voltei pra sacada e comecei a balançar a vassoura pra baixo, bater com a vassoura no cano e gritar, fazendo um barulho danado, que nem uma louca. “Help! Help!” huahauhuhau! De repente escuto abrir a porta na varanda, a tailandesa com o sotaque pesado dela: “Hello?”. Daí eu falei que era eu e que precisava da chave do outro quarto da outra pensão pra abrir a porta... Ela entrou de novo e eu só ouvi ela num tom de alívio: “No, it’s Fernanda”. Vergonhaaaa! Daí os meninos vieram abrir pra mim. Sorte que eles estavam acordados ainda, se só eu da outra casa estivesse lá ia ter que dormir em algum sofá do quarto triplo, sem tomar banho, sem nada... No dia seguinte, no café da manhã, demos muita risada por causa disso. As meninas me contando que eles estavam ouvindo, no começo eles estavam achando que era por causa do barulho, mas daí eles ficaram quietos e continuou, então eles acharam que fosse algum louco hahahahah. 

Nesse dia, fomos para uma outra montanha, mais longe. Na ida, paramos para tirar fotos de uns lagos lindos. A cor da água era verde clarinha lá, linda, talvez seja porque é água do degelo, sei lá. 




Chegamos na montanha, que era na fronteira com a Suíça. Subimos num cable car e ele parou no meio, e a coitada da alemã quietinha, que tem medo, ficou meio desesperada. Chegando lá, era uma estação de esqui, só que no verão. Super legal, os cable cars pra lá e pra cá, você escolhia a montanha que queria ir, pegava o cable car e ia. Em alguns, dava pra ir com o vidro aberto, adorei. 



 
Chegamos na fronteira. Era bem alto, e apesar de estar 30 graus no chão, lá em cima estava 10 graus, e ainda tinha lugares com neve. Nos separamos dos meninos, porque eles queriam escalar, e essa trilha era bem pesada, e ficamos o dia inteiro passeando nos cable cars, tirando fotos... Descemos em um que ia para uma vilazinha na Suíça, voltamos... Quando era 3h da tarde, reencontramos os meninos e descemos para tomar alguma coisa no restaurante da bruxa (o único aberto, bizarro, com uma bruxa com a bunda de fora no cardápio), tomei um sorvete ótimo. 



Daí voltamos para o carro e fomos até a fronteira da Itália, num lugar chamado Curon Venosta. É uma vila que há poucos anos atrás pertencia à Áustria, então eles ainda falam alemão como primeira língua. Lá tem um lago onde uma igreja foi inundada no passado e só a torre ficou de fora, bem bonito.


Jantamos num restaurante, eu pedi um spaghetti bolognesa, mas o prato era MUITO grande! Sobrou mais da metade. Daí pedi pra levar pra casa, mas acho que não era muito comum e a mulher me trouxe o negócio pra eu mesma colocar hahahah. Daí só dá eu saindo com o spaguetti na mão nas fotos. Também pagamos o jantar dos meninos para agradecer por eles terem dirigido o tempo todo, foram mais de 1000km no final.


 
Depois disso, já era noite e voltamos para o hotel. Não podíamos beber, porque os meninos iam dirigir no dia seguinte, então algumas meninas ficaram jogando twister (eu não gosto) e eu, com meu gosto mais nerd, fiquei jogando banco imobiliário em cartas com a americana e os meninos. Nunca tinha visto baralho do banco imobiliário, é bem legal, fica bem mais rápido. Mas demora um tempo pra pegar o jeito. Eu não ganhei nenhuma, mas podia ter ganhado se não tivesse feito umas cagadas de iniciante, que raiva! No dia seguinte voltamos para Heilbronn. Queríamos parar em mais algum lugar, mas choveu muuuito, a viagem toda, então só fizemos as paradas pra comer e voltamos. 

A região dos Alpes é linda, principalmente para nós do Brasil, que não estamos acostumados com montanhas. Fico imaginando como é no inverno, com tudo coberto de neve. Quem sabe um dia não volto pra lá, né?

6 comentários:

  1. Kkk só vc mesmo linda!
    mimijeiderir tadinha

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  2. Que lugares lindos! Ainda bem q vc explicou que estava 30 graus, pq eu estava intrigada de ver todos nas fotos com roupas de calor e montanhas nevadas ao fundo!
    ps: Tinha q ter um mico básico na viagem, senão não teria graça né hehehe
    bjs!

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    1. Pois é... Tava demorando, mas tirei o atrasado com o spaguetti + vassoura + atropelamento no esqui-bunda.

      Hahahahah, verdade! Não tinha reparado nas roupas do pessoal em plena neve, muito bom! Beijos, Lu!!

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  3. aehh quase dormiu no matinhuuuuu kkkkkkk morri. quero saber o local. Certeza que vou incluir no meu wish list de lugares. Já pensou? 3a vez na Austria? record ever!

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    1. Dri, a vila que ficamos se chamava Kappl. Pelo que vi nas placas, deveria ser razoavelmente próxima de Innsbruck. Talvez parecida? Talvez seja mais ou menos a mesma coisa que você viu lá. Mas é lindo demais!

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