domingo, 15 de dezembro de 2013

Paris II - Versailles

Na terça-feira lá fomos nós de ônibus para Paris. Sim, Paris de novo. Mas nunca é demais né, ainda mais com a viagem paga pela faculdade. Depois das seis horas e meia de ônibus, chegamos e fomos para o Instituto do Mundo Árabe, para uma visita guiada. Na verdade, foi meio chato. A guia não falava muito bem inglês e demorava muito em cada lugar.



Depois de lá, fomos para uma mesquita, também para uma visita guiada. Aí sim foi super interessante. Falta falar que o objetivo da nossa viagem era visitar lugares que tivessem conexão com o nosso curso, que é International Business (com as visitas a empresas) & Intercultural Management, com foco em mundo árabe, Europa Oriental e Ásia. Enfim, interessante ver como o Islamismo é baseado praticamente nas mesmas ideias do Cristianismo, e como é ridícula tanta confusão nesse mundo.




Nesta noite, fomos andar um pouquinho na região do Notre Dame e jantar num restaurante sírio, chamado La Rose de Damas. Uma delícia, super bonitinho e com ótimo atendimento. Comemos aquela entrada que vem o pão sírio e várias coisinhas para colocar em cima (homus, tabule, etc.) e comi um prato com frango, batatas picantes e salada. Também não tirei fotos, sorry. Depois, voltamos para o hotel.

Na quarta-feira de manhã, fomos fazer uma visita guiada na Igreja Ortodoxa de Paris. Super interessante, principalmente porque a velhinha que era guia era excelente. Tem muitas coisas que são parecidas com a Igreja Católica, já que elas foram, por muitos anos, a mesma coisa (e era exatamente o que eu queria descobrir nessa visita, qual a diferença). A grande diferença de pensamento que gerou a separação foi o fato de a Igreja Católica acreditar que Deus está no pai e no filho (Jesus), enquanto que a Igreja Ortodoxa acredita que Jesus foi apenas um profeta. Isso e mais alguns desentendimentos políticos. Elas também têm algumas diferenças de ritual. A cruz da Igreja Ortodoxa, muitas vezes, é representada com os lados todos iguais, as missas são rezadas com todos em pé (a igreja não tem bancos, só algumas cadeirinhas no canto) e a comunhão é com pão mesmo, não com hóstia. Além disso, eles não tem uma hierarquia, como o Papa católico. Cada região tem seu líder e isso acaba gerando pequenas diferenças nas celebrações de diferentes regiões, o que é perfeitamente aceitável por eles. Eu só lembro de tudo isso porque a velhinha era realmente o máximo e explicava super bem.




Almoçamos qualquer coisa na rua e depois fomos para a Casa de Cultura Japonesa assistir à cerimônia do chá. Foi super interessante, apesar de a minha amiga que morou no Japão dizer que a que vimos é super formal e que normalmente não é tão daquele jeito. Não deixavam tirar fotos, infelizmente. No final, experimentamos o bolinho/biscoitinho de arroz e açúcar (deliciooosooo) e o chá. Não lembro o nome do chá. Ele é verde, feito com um pozinho, e, no final, fica mais um creme do que um líquido. Com gosto de folhas. Mas eu amei!!

Depois de lá, fomos ver uma exposição sobre samurais ainda na Casa da Cultura Japonesa (que eu também não pude fotografar) e depois fomos para o Museu Guimet, um museu oriental. Tinha várias esculturas e objetos da China, Coreia, Tailândia, Japão. Bem interessante.








De noite, fomos ver as luzinhas piscantes da Torre Eiffel  e o mercado de Natal de Paris.


O dia seguinte foi o dia turístico. De manhã, fomos para o castelo de Versailles, que fica mais ou menos a uma hora de Paris. Eu adorei ir, porque nunca fui, mesmo depois de duas vezes em Paris. É muito fora de mão e muito caro, 15 euros só de entrada, mais o transporte. Mas nós fomos com o ônibus da excursão e a faculdade pagou a entrada, então foi excelente.


O castelo é grande e bonito, ok, mas não achei nada de mais. O museu é meio chato, porque a maioria dos objetos da realeza foram roubados durante a Revolução, então não tinha muito o que mostrar sobre o dia-a-dia deles e tal. Os lugares mais bonitos pra mim foram a sala dos espelhos e um dos quartos, que devia ser de uma mulher. Os dois estão nas fotos aí embaixo.






Outra coisa super famosa de Versailles é o jardim. Mas como é inverno, muita coisa está seca. Mesmo assim dá pra ver como é gigante e bem desenhado.





À tarde, fomos para Montmartre (adoooro). Fui ver a Igreja do Sacré Coeur de novo (parte do pessoal nunca tinha ido pra Paris) e depois ficamos andando nas ruazinhas fofas, comprando lembrancinhas e tirando fotos.


Depois fui jantar com meus amigos (a irlandesa, o equatoriano, o italiano e o espanhol). Ficamos num barzinho de Montmartre mesmo, super em conta, com menus a 11 euros. Eu não ligo muito pra comida francesa, acho sem graça. Meu menu veio com tipo mousse de salmão de entrada, carne (tipo de panela) e macarrão de principal e mousse de chocolate de sobremesa.


E, para complementar, eu e a irlandesa resolvemos dividir uma porção de escargot. Sim, eu comi escargot em Paris hahahahahah!!! E eu gostei, viu? Na verdade, vem as conchinhas super temperadas com um molho tipo pesto delicioso, e eu só senti o gosto do molho. Você puxa o bicho com um garfinho especial e pronto (nem precisa falar que eu me atrapalhei um pouco com o "garfinho especial" né...). Ele tem meio que a consistência de um marisco. Eu gostei!


Depois fomos para o centro de Paris ver a cidade das luzes de noite. Eu também nunca tinha visto, porque sempre que vou sozinha ou com a mãe, nós procuramos não sair durante a noite. Achei lindo! Principalmente com todas as decorações de Natal!



No dia seguinte, fomos fazer uma visita ao banco BNP Paribas. Na primeira parte, um moço super simpático nos mostrou a filial [chiquérrima] que eles usam para mostrar as inovações para os clientes. Cheia de luzes, tecnologia e tal. A grossa da nossa coordenadora e de uma das meninas alemãs da nossa sala ficaram fazendo umas perguntas muito sem noção pra ele, daí ele também ficou meio ofendido e começou dar umas respostas grossas. Fiquei morrendo de vergonha, mas gostei dos foras que ele deu. Depois fomos para o outro prédio, dos escritórios, onde vimos algumas apresentações sobre a empresa. Mais show de horrores. Uma das apresentadoras foi mega grossa com a estagiária dela na frente de todo mundo, sem noção. Saí de lá looouca pra ir pra casa. Depois de OITO HORAS intermináveis de ônibus, chegamos em Heilbronn!

A viagem foi ótima! Mas agora o que mais me anima são os três diazinhos que faltam pra eu ir pra casa!!!


Strasbourg

Já contando os dias para voltar para casa, tive uma excursão da faculdade para a França, para me ajudar a passar o tempo. O melhor é que foi tudo pago por eles, exceto comida e metrô, então ficou super em conta.

Nossa primeira parada foi a cidade de Strasbourg, que é na França, mas bem na fronteira com a Alemanha. Eu já tinha ido pra lá quando fiz intercâmbio em 2007, mas não me lembrava muito bem. Então foi legal voltar.


Strasbourg é a sede do Parlamento Europeu, então esta foi a nossa primeira parada. Tivemos uma visita guiada por lá e no final do dia voltei com alguns colegas para assistir a um dos debates que estava acontecendo. Mas pegamos um sobre a pesca, que era bem chato. O que eu achei mais legal de tudo foi o esquema de intérpretes ao vivo que eles têm, porque a União Europeia tem vinte e poucas línguas e os parlamentares podem falar na sua língua natal. Ou seja, cada discurso tem que ser traduzido simultaneamente para as vinte e poucas línguas, num esquema bem complexo, mas bem legal. Então um terço dos empregados do parlamento são tradutores/intérpretes. Novo emprego dos sonhos!


Depois fomos almoçar no mercado de Natal da cidade. Comprei um crepe de canela maravilhoooso e tomei vinho quente, que aqui, já que não tem festa junina, é típico do Natal.


Depois do almoço, fomos visitar uma empresa de televisão que é exibida na França e na Alemanha, chamada Arte. Foi bem interessante. No começo foi uma mulher de Relações Públicas que apresentou a empresa e foi meio cansativa, mas depois veio um jornalista conversar com a gente e era muito interessante ouvi-lo falar.



Depois disso, fomos jantar num restaurante russo, chamado Le Transsibérien. Era bem pequenininho e simples, então eles se atrapalharam um pouco e demoraram bastante para servir a gente. Daí a coordenadora da faculdade, que é uma chatinha, ficou toda irritada e deu um vexame na saída. Péssimo. Mas enfim... Comi um prato de massa chamado Pelmeni. Era gostosinho, mas nada muito fora do comum. São tipo uns capelettis recheados com carne e cobertos com um molhinho branco com gosto de creme de leite. Não tirei foto, mas achei uma no Google igualzinha ao prato que comi:


Depois de jantar fomos para o hostel Ciarus, que era bem legal. Parecia um hotelzinho (e nós ficamos nos quartos tipo hotel, com 2 camas só), além de ter um ótimo café da manhã. Na manhã seguinte, seis horas e meia de ônibus para Paris.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Momento culinário - Weißwurst, a salsicha branca

Coitado desse blog, jogado às traças agora que eu não estou viajando. Chega! Para dar um jeito nisso, vim com mais um assunto aleatório fazer minha postagem de hoje. E o assunto é... Culinária!!! Não subestime este fato. Como eu sou uma pessoa que não sabe cozinhar e que provavelmente nunca vai conseguir aprender direito, o fato de eu escrever sobre isso não é pouca coisa hehe.

Pois bem, vou apresentar para vocês uma das mais gostosas comidas da Alemanha e a única coisa que eu aprendi a cozinhar por aqui: a Weißwurst, a salsicha branca. Em primeiro lugar, para quem se pergunta, essa letrinha bizarra do alemão, ß, se pronuncia como os nossos SS. Ou seja, o jeito certo de pronunciar o nome da salsicha é 'vaiSSvurst'. A Weißwurst é uma salsicha normalmente curta, gordinha e bem clarinha. Ela é feita com carne de vitela, algumas ervinhas e normalmente tem validade curta. É uma delícia! Tem gente que tosta ela pra comer como salsicha normal, mas daí não tem graça. O jeito legal é comer como os alemães da Bavária, para sentir bem como a Weißwurst é diferente de uma salsicha qualquer.

A Weißwurst normalmente é comida no que eles chamam de "café-da-manhã da Bavária", junto com pretzel (Bretzel) e cerveja de trigo (Weißbier). Sim, no café-da-manhã, bizarro né? E ela é servida com a mostarda doce (Süßer Senf) tradicional daqui. 

Bom, para começar, encha uma panela com água e coloque no fogo. Espere até que a água esteja bem quente e coloque as salsichas. É importante que a água esteja quente, MAS NÃO FERVENDO!!! Isso porque a Weißwurst tem uma pelezinha que tem que ser tirada pra comer, e a água fervendo destrói essa pele, ou faz ela grudar, sei lá. Por isso também que fritar a pobrezinha não é o jeito certo de comê-la. Ok, então você coloca as salsichas na água quente antes de ferver e espera até que ela cozinhe, de novo, antes de ferver (o que significa cerca de 10 minutos de espera). Ou seja, muito fácil, tanto o ponto da água quanto o ponto da salsicha é simplesmente "bem quente, mas antes de ferver".

Quando você tirar suas salsichas do fogo, elas não estarão muito diferentes do que estavam ainda cruas: brancas, como o nome diz.



Para tirar a pele, faça um corte transversal na salsicha e comece a puxar. Ela vai sair inteira, fácil fácil. Corte a salsicha no meio e coloque a deliciosa mostarda doce. Acho que pode ser com qualquer mostarda, mas a doce é mais suave, deixando mais gosto pra salsicha. Pelo que vi por aqui, a mostarda doce mais tradicional é a Händlmaier's, não sei se é vendida aí no Brasil. Mas detalhe, tentei colocá-la em sanduíches e é horrível, porque ela é realmente bem adocicada. Então não sei com que outro prato ela fica boa além das salsichas.



E pronto! Pode comer! Muito fácil, qualquer retardado culinário como eu pode fazer.

 
Ah, mais um detalhe. Dizem que a Weißwurst estraga fácil, então não é aconselhável deixar para comer depois. Além disso, essa salsicha fica bem ruim quando esfria. 

Bom, espero que todos vocês possam experimentar esta delícia alemã algum dia. Enquanto isso, eu conto os dias para voltar pro Brasil. Estou morrendo de saudades! Mas agora falta pouco. Beijos e até mais!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Halloween

Postzinho rápido pra não perder o costume... Por que nós não comemoramos o Halloween no Brasil? Sério, não consigo entender, porque é muito legal!!! Nas duas vezes que passei o Halloween fora do Brasil (aqui e na Holanda) achei super divertido ver todo mundo vestido e as crianças todas no clima. Se bem que no Brasil, provavelmente, as crianças seriam sequestradas durante as buscas pelos docinhos...



Bom, como uma fã de The Walking Dead e cia, deixo aqui minha frustração por saber que só morando fora do Brasil as pessoas podem aproveitar esse clima de terror trash. E, para manter o clima, deixo para vocês o clássico filminho de Halloween da Disney (saudades das minha infância vendo VHS em Araras) e a foto da minha maquiagem/fantasia bizarra de Halloween Doll para a festa de ontem.

Happy Halloween!!!

 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

München - Oktoberfest

Morar na Alemanha no mês de outubro significa... TER QUE IR PARA A OKTOBERFEST! Pois lá fui eu. A Oktoberfest é legal, mas, sinceramente, não é nada absurdamente fora do normal. A festa é exatamente igual à festa de primavera de Stuttgart, que eu postei no blog em março. Só que maior e com mais pessoas vestindo as roupinhas (praticamente todas), então o clima é mais divertido. E dessa vez, tenho algumas fotos para compartilhar com vocês.


Fui para lá com as minhas amigas irlandesa e americana, e com o namorado da americana. Fomos e voltamos no mesmo dia de trem, porque a estadia em Munique é caríssima na época da Oktoberfest (pelo menos 50 euros por pessoa num camping... Então imagina num hostel decente ou num hotel). Pegamos o trem logo cedo, pois Munique é meio longinho de Heilbronn. Cinco horas de viagem para chegar lá. Então, contando a volta, foram 10 horinhas bááásicas de trem. Mas fomos conversando, comendo, bebendo e jogando baralho; então passou até rápido.

O melhor de tudo foi que, para ir pra lá, comprei um vestidinho alemão (chama-se dirndl) muuuito fofo. Comprei pelo e-bay, que leiloa por uns 30 euros, enquanto que numa loja física aqui em Helbronn eles custam de 60 a 150 euros! Depois de muito medo de levar o calote ou de o vestido não servir, tudo deu certo! Apesar de ele ter ficado mais curto do que eu queria.


Bom, a festa se passa num espaço aberto gigantesco, onde eles montam várias barracas (acho que são centenas) de comidas típicas, joguinhos e brinquedos de parque de diversões. Brinquedos grandes, tipo roda gigante e o elevador do Hopi Hari. E sempre tocando as musiquinhas típicas alemãs.




Também tem uns caras numas charretes cheias de barris que ficam andando pela festa. É legal para tirar umas fotos, mas é um saco ficar desviando.





As barracas de comida são ótimas. As que mais encontramos por lá são as que vendem uns biscoitos gigantes em forma de coração com mensagens do tipo "eu te amo" ou "para a melhor mãe do mundo", que aparentemente são típicos da Oktoberfest, barracas com os sanduíches de peixe (baseadas no mercado de peixe de Hamburgo. Eles vieram visitar Heilbronn e os sanduíches são ma-ra-vi-lho-sos), aquelas amêndoas cheirosas e gordas tudo-de-bom e, é claro, salsichas com a maravilhosa mostarda da Alemanha! Mas as salsichas da Oktoberfest são gigantes. Vou colocar uma foto para vocês verem, apesar da minha cara estar bizarra por causa do sol e porque eu tentei não deixar a foto com a salsicha muito indecente...


Além disso, a festa tem as várias barracas para tomar cerveja. Elas são realmente grandes e cada uma delas tem uma decoração interna diferente. As mais legais são as que têm banda. As pessoas também podem sentar na parte de fora das barracas, o que, na verdade, eu prefiro.





Como vocês podem ver na foto lá de cima, cada "copo" de cerveja tem um litro e eles são uma facada (10 euros). Tomamos só duas cervejas cada, e também trouxemos o copo para casa, como um souvenir clandestino para diminuir o prejuízo hahahaha.

O problema é que quando começa a chegar o final da tarde, tudo fica lotado, e é impossível achar um lugar para sentar. E isso que nós fomos numa terça-feira! Dizem que no final de semana tem fila para entrar nas barracas e mal dá para andar. Então, se um dia vocês quiserem ir para a Oktoberfest, fujam dos finais de semana.




Foi engraçado que, uma hora, estávamos procurando um lugar e achamos essa barraquinha menorzinha e com umas decorações mega infantis (fofa, mas meio brega), cheia de lugares vazios. Achamos estranho, mas sentamos. Quando a garçonete chegou, descobrimos que a barraca vendia de tudo, menos cerveja. Ou seja, até mesmo quem não gosta de cerveja ou de bebidas tem um lugar na Oktoberfest.



Bom, acho que é isso. Agora acho que vou demorar um pouco para postar novamente, porque minhas aulas começaram e eu estou sem tempo nem dinheiro para viajar. Beijos, beijos!