sábado, 25 de maio de 2013

Berlin



Depois do nosso dia nômade, chegamos em Berlin quase onze horas da noite. O hostel, chamado One80º, era mais ou menos 10 minutos de caminhada da estação e foi fácil de encontrar. Eu gostei bastante de lá. Tinha um ótimo atendimento e limpeza, um barzinho bem legal na recepção, os banheiros ficavam dentro dos quartos e o layout das camas dava bastante privacidade para dormir. Apesar de tudo, quando chegamos no nosso quarto, uma família de italianos com duas crianças barulhentas que não falavam inglês não queriam que a gente entrasse no quarto! Aparentemente eles não sabiam o que é um hostel. Fala sério, que casal traz duas crianças pequenas para um hostel-bar? Ok, descemos e o moço super solícito da recepção nos deu um quarto de seis camas só pra nós. E, por sorte ou estratégia do hotel, ficamos com o quarto só pra nós nas três noites em Berlin! Por apenas 13 euros! Enfim, nossa estadia foi ótima!

Bom, a minha impressão de Berlin foi mais ou menos como a da primeira vez que estive lá. Maravilhosa! Mesmo chegando à noite, a cidade dá uma sensação de segurança e te faz se sentir bem. Não sei explicar. É como se Berlin fosse o mais próximo que eu já encontrei do que eu imaginava que fosse uma cidade de primeiro mundo antes de conhecer a Europa. Berlin é a cidade que, para mim, ilustra o primeiro mundo. E não só isso, talvez você encontre cidades assim na Noruega ou no Canadá (um dia vou descobrir =)), mas em Berlin, além de tudo, você toma um banho de história! É incrível imaginar que você está andando onde um dia esteve o muro cheio de guardas. Ou que o lindo portão de Brandemburgo, hoje símbolo da reunificação alemã e da liberdade, já foi palco para desfiles nazistas e foi quase destruído na guerra. Ou que aquela estação de metrô em que você vai desembarcar ficava na Alemanha Oriental, praticamente um outro país, com um regime político-econômico-social diferente e pessoas proibidas de visitar seus familiares do outro dado da cidade no passado. E é bonita. E interessante. É por essas e outras que Berlin me encanta.



Bom, saímos na manhã do primeiro dia para caminhar pela avenida principal da “Berlin Ocidental”, a Unter den Linden, até o portão de Brandemburgo. O caminho é maravilhoso. Dá para tirar várias fotos das lindas praças de Berlin, dos prédios de museus, da maravilhosa catedral, de uma das universidades... Além disso, passamos por uma feirinha de artesanato que tinha coisas super legais e interessantes. Fiquei encantada com o trabalho de um cara que fazia gorros e chapéus artesanais que pareciam uma pintura do estilo daquelas antigas propagandas francesas. Mas custava 90 euros! Se eu ainda trabalhasse acho que eu ia comprar, porque nunca vi igual, a coisa mais feminina do mundo! Também paramos em algumas lojinhas de souvenir e na loja-museu [grátis] da Mercedes no caminho. 





Chegando ao portão de Brandemburgo (o Brandenburger Tor – sempre tenho que olhar no Google pra ver como escreve em alemão hehe), tiramos várias fotos, porque ele é lindo demais. O ruim é que está sempre bem cheio de turistas. 



Depois disso fomos no prédio do parlamento (o Reichstag), que tem uma cúpula bem famosa. Mas não conseguimos subir, porque as visitas são agendadas. Depois disso, demos mais uma caminhada e encontramos o lugar onde era o muro. Essa parte, para mim, é muito interessante. Além de eles conservarem alguns pedaços do muro original (que turistas idiotas malditos enchem de chicletes, vocês acreditam?), eles marcaram no chão da cidade a linha por onde ele passava. De acordo com as informações de lá, esse trabalho einda não está 100% pronto, mas está avançando. Bem legal. 



Depois disso, fomos até o Checkpoint Charlie, um dos antigos postos de travessia de leste para oeste (e vice-versa) da cidade, talvez o mais famoso, por ficar dentro dela (pelo que li, tem um outro na Autobahn e outro mais longe). 







Depois disso, fomos almoçar, mortas de fome, num buffet chinês. Comi que nem uma louca, principalmente arroz, porque na Alemanha eles quase não comem e eu tava sentindo uma falta... (Feijão não tem jeito mesmo, então aproveito o arroz.) De sobremesa, tinha um buffet de sorvetes, com alguns sabores normais e outros interessantes: chá verde e uma semente, que não lembro o nome, que deixava o sorvete cinza. Bonzinho.


Depois disso, voltamos para o hotel tomar um banho e saímos para jantar. Fomos num restaurante mexicano barato, perto do hostel, chamado Dolores. Comi uma salada. Depois fomos para um Irish Pub para a irlandesa me mostrar a cerveja preferida dela, chamada Magners (na Ingleterra, e Bulmers na Irlanda). Muito boa, ela é de cidra, então tem um fundo meio de fruta. 

No dia seguinte, pegamos um metrô para Berlin Oriental. Descemos na estação do zoológico e demos uma andada pelas principais ruas de lá para ver a diferença em relação às ruas da parte ocidental (pelo que eu me lembre, eu não fui muito pra parte oriental na primeira vez que visitei Berlin). Enquanto a parte ocidental tem ruas beeeem largas, é bem aberta, com pouca vegetação e muitos sinais de modernidade, a parte oriental me pareceu mais estreita, arborizada e antiga. Tinha um ar mais residencial, mesmo nas ruas comerciais. Realmente, parece outra cidade, talvez não tão moderna, mas ainda assim bonita. Apesar de algumas partes parecerem comparavelmente mais “pobres” (entre aspas porque está looonge de ser um bairro pobre brasileiro), outras tinham casas e prédios bem legais pra se morar.


Depois disso, fomos até o castelo da cidade, onde viveu algum rei da Prússia. Não chegamos a entrar, mas vimos o jardim, que era bem bonito.



Depois disso, voltamos para Berlin Ocidental e fomos ao Neues Museum, ver o museu egípcio e a máscara da Nefertiti, que parece que vai ficar em exposição na cidade até Agosto deste ano. Que coisa mais linda! Além da mulher provavelmente ter sido muito bonita, a peça é maravilhosa. Os detalhes das linhas do pescoço, a pintura, tudo ainda bem conservado. Não pude tirar uma foto (tinha três guardas alemães parados atrás da estátua para garantir isso), mas vou colocar uma do Google aqui para quem não conhece ter uma ideia do que eu estou falando.


Neste dia, almoçamos numa rede de fast-food europeia que até então eu não conhecia, chamada “Wok to Walk”. Você monta o seu prato de macarrão (ou arroz, e eu escolhi arroz de novo, porque macarrão tenho bastante em Heilbronn), mas todos têm um quê meio yakisoba. Meia boca, mas tem um bom tamanho pelo preço. Também fomos num barzinho da estação que vende Berliner Kindl Weisse, uma cerveja que é misturada com uma espécie de “soro” com sabor, à escolha do cliente. E, pelo que vi até agora, só vende em Berlin. Ela fica colorida e bem docinha. Tomei uma de maçã verde e a Niamh uma de alguma fruta que não sei o nome, tipo “berry” que não tem no Brasil. 


Depois voltamos para o hotel fazer um trabalho de contabilidade e dormir. A viagem foi ótima! Eu espero ainda passar por Berlin ao longo da minha vida (já que não consegui estudar na faculdade de lá :(), e recomendo a todos que vierem visitar esta região da Europa que não deixem de conhecer essa cidade, que é tão demais!

3 comentários:

  1. Que legal Fer, vc está aproveitando bastante!

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    1. Muito, Lu!! Mas com saudades dos amigos e da família... =(

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  2. heheheh se vc tivesse lido no meu blog ia saber que tem que reservar pelo site para entrar no parlamentoooo... kkk bjussss

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