Depois do nosso dia nômade,
chegamos em Berlin quase onze horas da noite. O hostel, chamado One80º, era
mais ou menos 10 minutos de caminhada da estação e foi fácil de encontrar. Eu
gostei bastante de lá. Tinha um ótimo atendimento e limpeza, um barzinho bem
legal na recepção, os banheiros ficavam dentro dos quartos e o layout das camas
dava bastante privacidade para dormir. Apesar de tudo, quando chegamos no nosso
quarto, uma família de italianos com duas crianças barulhentas que não falavam
inglês não queriam que a gente entrasse no quarto! Aparentemente eles não
sabiam o que é um hostel. Fala sério, que casal traz duas crianças pequenas
para um hostel-bar? Ok, descemos e o moço super solícito da recepção nos deu um
quarto de seis camas só pra nós. E, por sorte ou estratégia do hotel, ficamos
com o quarto só pra nós nas três noites em Berlin! Por apenas 13 euros! Enfim,
nossa estadia foi ótima!
Bom, a minha impressão de Berlin
foi mais ou menos como a da primeira vez que estive lá. Maravilhosa! Mesmo
chegando à noite, a cidade dá uma sensação de segurança e te faz se sentir bem.
Não sei explicar. É como se Berlin fosse o mais próximo que eu já encontrei do
que eu imaginava que fosse uma cidade de primeiro mundo antes de conhecer a
Europa. Berlin é a cidade que, para mim, ilustra o primeiro mundo. E não só
isso, talvez você encontre cidades assim na Noruega ou no Canadá (um dia vou
descobrir =)), mas em Berlin, além de tudo, você toma um banho de história! É
incrível imaginar que você está andando onde um dia esteve o muro cheio de
guardas. Ou que o lindo portão de Brandemburgo, hoje símbolo da reunificação alemã
e da liberdade, já foi palco para desfiles nazistas e foi quase destruído na
guerra. Ou que aquela estação de metrô em que você vai desembarcar ficava na
Alemanha Oriental, praticamente um outro país, com um regime político-econômico-social
diferente e pessoas proibidas de visitar seus familiares do outro dado da
cidade no passado. E é bonita. E interessante. É por essas e outras que Berlin
me encanta.
Bom, saímos na manhã do primeiro
dia para caminhar pela avenida principal da “Berlin Ocidental”, a Unter den
Linden, até o portão de Brandemburgo. O caminho é maravilhoso. Dá para tirar
várias fotos das lindas praças de Berlin, dos prédios de museus, da maravilhosa
catedral, de uma das universidades... Além disso, passamos por uma feirinha de
artesanato que tinha coisas super legais e interessantes. Fiquei encantada com
o trabalho de um cara que fazia gorros e chapéus artesanais que pareciam uma
pintura do estilo daquelas antigas propagandas francesas. Mas custava 90 euros!
Se eu ainda trabalhasse acho que eu ia comprar, porque nunca vi igual, a coisa
mais feminina do mundo! Também paramos em algumas lojinhas de souvenir e na
loja-museu [grátis] da Mercedes no caminho.
Chegando ao portão de
Brandemburgo (o Brandenburger Tor – sempre tenho que olhar no Google pra ver
como escreve em alemão hehe), tiramos várias fotos, porque ele é lindo demais.
O ruim é que está sempre bem cheio de turistas.
Depois disso fomos no prédio do
parlamento (o Reichstag), que tem uma cúpula bem famosa. Mas não conseguimos
subir, porque as visitas são agendadas. Depois disso, demos mais uma caminhada
e encontramos o lugar onde era o muro. Essa parte, para mim, é muito
interessante. Além de eles conservarem alguns pedaços do muro original (que
turistas idiotas malditos enchem de chicletes, vocês acreditam?), eles marcaram
no chão da cidade a linha por onde ele passava. De acordo com as informações de
lá, esse trabalho einda não está 100% pronto, mas está avançando. Bem legal.
Depois disso, fomos até o Checkpoint Charlie, um dos antigos postos de
travessia de leste para oeste (e vice-versa) da cidade, talvez o mais famoso,
por ficar dentro dela (pelo que li, tem um outro na Autobahn e outro mais
longe).
Depois disso, fomos almoçar,
mortas de fome, num buffet chinês. Comi que nem uma louca, principalmente arroz,
porque na Alemanha eles quase não comem e eu tava sentindo uma falta... (Feijão
não tem jeito mesmo, então aproveito o arroz.) De sobremesa, tinha um buffet de
sorvetes, com alguns sabores normais e outros interessantes: chá verde e uma semente,
que não lembro o nome, que deixava o sorvete cinza. Bonzinho.
Depois disso, voltamos para o
hotel tomar um banho e saímos para jantar. Fomos num restaurante mexicano
barato, perto do hostel, chamado Dolores. Comi uma salada. Depois fomos para um
Irish Pub para a irlandesa me mostrar a cerveja preferida dela, chamada Magners
(na Ingleterra, e Bulmers na Irlanda). Muito boa, ela é de cidra, então tem um
fundo meio de fruta.
No dia seguinte, pegamos um metrô
para Berlin Oriental. Descemos na estação do zoológico e demos uma andada pelas
principais ruas de lá para ver a diferença em relação às ruas da parte
ocidental (pelo que eu me lembre, eu não fui muito pra parte oriental na primeira
vez que visitei Berlin). Enquanto a parte ocidental tem ruas beeeem largas, é
bem aberta, com pouca vegetação e muitos sinais de modernidade, a parte
oriental me pareceu mais estreita, arborizada e antiga. Tinha um ar mais
residencial, mesmo nas ruas comerciais. Realmente, parece outra cidade, talvez
não tão moderna, mas ainda assim bonita. Apesar de algumas partes parecerem
comparavelmente mais “pobres” (entre aspas porque está looonge de ser um bairro
pobre brasileiro), outras tinham casas e prédios bem legais pra se morar.
Depois disso, fomos até o castelo
da cidade, onde viveu algum rei da Prússia. Não chegamos a entrar, mas vimos o
jardim, que era bem bonito.
Depois disso, voltamos para
Berlin Ocidental e fomos ao Neues Museum, ver o museu egípcio e a máscara da
Nefertiti, que parece que vai ficar em exposição na cidade até Agosto deste
ano. Que coisa mais linda! Além da mulher provavelmente ter sido muito bonita,
a peça é maravilhosa. Os detalhes das linhas do pescoço, a pintura, tudo ainda
bem conservado. Não pude tirar uma foto (tinha três guardas alemães parados
atrás da estátua para garantir isso), mas vou colocar uma do Google aqui para
quem não conhece ter uma ideia do que eu estou falando.
Neste dia, almoçamos numa rede de
fast-food europeia que até então eu não conhecia, chamada “Wok to Walk”. Você
monta o seu prato de macarrão (ou arroz, e eu escolhi arroz de novo, porque
macarrão tenho bastante em Heilbronn), mas todos têm um quê meio yakisoba. Meia
boca, mas tem um bom tamanho pelo preço. Também fomos num barzinho da estação
que vende Berliner Kindl Weisse, uma cerveja que é misturada com uma espécie de
“soro” com sabor, à escolha do cliente. E, pelo que vi até agora, só vende em Berlin. Ela fica colorida e bem docinha. Tomei
uma de maçã verde e a Niamh uma de alguma fruta que não sei o nome, tipo “berry”
que não tem no Brasil.
Depois voltamos para o hotel
fazer um trabalho de contabilidade e dormir. A viagem foi ótima! Eu espero
ainda passar por Berlin ao longo da minha vida (já que não consegui estudar na
faculdade de lá :(),
e recomendo a todos que vierem visitar esta região da Europa que não deixem de
conhecer essa cidade, que é tão demais!
Que legal Fer, vc está aproveitando bastante!
ResponderExcluirMuito, Lu!! Mas com saudades dos amigos e da família... =(
Excluirheheheh se vc tivesse lido no meu blog ia saber que tem que reservar pelo site para entrar no parlamentoooo... kkk bjussss
ResponderExcluir