Firenze

Começamos nossa viagem pela a Itália no voo baratíssimo de 30 euros da Ryanair. Mas como toda coisa barata, ele tinha vááárias surpresinhas. Primeiro, o aeroporto em “Frankfurt” ficava a quase duas horas e meia de Frankfurt. Além disso, cada mala despachada custa 40 euros (mais que o voo) e as malas de mão têm que estar dentro dos limites de tamanho, senão paga multa para despachar. A minha era leeevemente grande, então eu tava meio com medo que eles invocassem, mas deu tudo certo. O voo é engraçado, o avião é amarelo e cheio de propagandas e os comissários ficam anunciando produtos no telefoninho o tempo inteiro. Nós pegamos uma puta turbulência na decolagem e o cara ficava oferecendo perfume e não calava a boca, que raiva!!! Me deixe morrer em paz! No final do voo, pra completar, toca uma musiquinha de aplauso do tipo “passei de fase” no vídeo game, bizarro... E daí nós descobrimos que a mulher sentada na nossa frente era brasileira e ouviu todo o meu blábláblá desesperado na turbulência.

Outro ponto ruim do voo barato: nosso hotel era em Firenze, mas o avião chegava em Pisa (quase 1:30h de carro) de noite. Fomos alugar um carro, mas naquela hora os caras já tavam fazendo cu doce, falando que não tinha mais, e a gente começou a ficar mal-humorado. Achamos um rent-a-car mais baratinho de um italiano gente boa que deu um GPS grátis pra nós. Alugamos um Fiat 500 cinzinha liiiindo, eu fiquei toda felizinha (o Roberto não gostou tanto assim da ideia). Mas no final da viagem ele disse que o carro está aprovado! Hahahahh, meu sonho de consumo!

Não sabíamos que a cidade era tão longe, a estrada estava super escura, era super tarde e o rádio estava uma droga, então o Roberto começou a ficar mega mal-humorado porque ele queria comer. Bom que assim já conheci o lado negro do meu namorado hahahahha. Chegamos em Firenze e ainda por cima demos de cara com uma maldita placa de ZTL (zona de tráfego limitado, que proíbe carros de entrar em certas regiões das cidades italianas e cobram multas de 70 a 120 euros) em plena rodovia!! Mas não era uma ZTL (acho), eram umas placas malditas que eles colocam na entrada da cidade pra dizer que dentro da cidade tem ZTL. Mas como nós não sabíamos de nada a essa altura, estávamos perdidos e o Roberto estava mega putcheenho, fomos entrando. Daí eu comecei a ficar mal-humorada também porque ia ter que pagar multa. Demos várias voltas, entramos na contramão, causando às 2h da manhã em Firenze, até achar nosso hotel. Chegando lá, descobrimos que não tinha estacionamento, mas nós colocamos em qualquer lugar mesmo e pegamos um táxi pra ir comer em algum lugar aberto de madrugada. Tirando isso, o hotel (Best Western – Select) era muito bom. Pegamos uns taxistas engraçados, na ida um que xingava os outros motoristas em italiano (deficiente! Idiota!) e na volta um louco andando a 200 por hora. O restaurante era bem gostoso (comi uma foccacia, que é tipo uma pizza italiana, com quase nada de recheio, mas um molho de tomate MARAVILHOSO), comemos e voltamos para o hotel.

No dia seguinte, deixamos o carro no estacionamento [pago] do hotel e fomos passear a pé, porque estávamos putos com o carro. Ficamos andando no centro de Firenze e aí descobrimos que bem provavelmente NÃO tomamos uma multa. Daí ficamos mais felizinhos. Bom, passamos pelo domo, pela Ponte Vecchio, pela praça com a estátua falsa do Davi, tiramos várias fotos, comemos sorvete e almoçamos uma salada e uma bruschetta muito boas num restaurante perto do centro.

Firenze é linda, eu já tinha ido para lá uma vez e fiquei feliz em voltar. Mas o problema de cidades “grandes” é que são muito lotadas de turistas e estava muito calor. Sem contar que é praticamente impossível manter um carro lá, primeiro porque a cidade é lotada de ZTL, e segundo porque só tem estacionamento pago e caaaro... Principalmente para quem vai ficar vários dias, acho que vale a pena visitar Firenze de trem e alugar o carro depois.